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11 de janeiro de 2012

Resenha do mês : " Bloodlines " de Richelle Mead

****Contém Spoilers da série Vampire Academy****

Título: Bloodlines
Autora:
Richelle Mead
Editora:
Razorbill Penguin
Páginas:
421
Ano:
2011

Sinopse: Quando a alquimista Sydney é ordenada a se esconder para proteger a vida da princesa Moroi Jill Dragomir, o último lugar que ela espera ser mandada é uma escola privada humana em Palm Springs, California.  Mas em sua nova escola, o drama só está começando.
Bloodlines explora toda a amizade, romance, lutas e traições que fizeram a saga nº1 em venda Vampire Academy tão viciante – desta vez em um cenário parte-vampírico e parte-humano onde os desafios são ainda maiores e todos procuram por sangue.



A resenha a seguir foi escrita por Juliana, autora do blog : http://www.julianagiacobelli.com


Essa vai ser uma resenha difícil de fazer, já estou adiantando. Eu não tinha expectativas muito altas em relação à Bloodlines, principalmente por causa de algumas notas que o livro recebeu no GoodReads. Mas depois de terminá-lo, eu preciso dizer que, na minha opinião, as pessoas que leram VA e deram notas baixas para Bloodlines o fizeram porque são Team Dimitri. E, realmente, não espere ver o Belikov em Bloodlines. Por outro lado, se você for Team Adrian como essa que vos fala, o livro pode ser perfeito, como foi pra mim.

Sydney ainda está com problemas devido à pequena ajuda que deu à Rose quando ela e Dimitri estavam à procura do Dragomir perdido, Jill Mastrano. Com essa descoberta, Lissa assumiu o trono da corte Moroi e conseguiu uma legião de fãs – e uma minoria de fortes e poderosos inimigos. Inimigos esses que miraram sua vingança no elo mais fraco dos Dragomir: Jill. Se Jill morrer, Lissa não pode mais continuar como rainha, e isso é tudo que sua oposição quer.


E é justamente depois de Jill sofrer um ataque na corte, que ela precisa ser mantida em segurança. Sydney então é escalada pelos Alquimistas para proteger Jill em Palm Springs, California. Lá, nessa cidade ensolarada, Jill estará a salvo dos Strigoi e, contanto que ninguém saiba do seu paradeiro, a salvo dos Moroi maníacos também. Mas Sydney não está sozinha: Eddie e Adrian a acompanham e, para seu desgosto, Keith, um outro alquimista de quem ela só quer distância.
Sydney agora precisa se adaptar a sua nova vida de estudante de ensino médio com Eddie e Jill, além de decidir de qual lado ela está: Com os alquimistas, que odeiam os vampiros e apenas os toleram pelo bem dos humanos, ou será que ela pode se deixar envolver pelo carisma de Eddie, Jill e, principalmente, Adrian?

E, claro, como se isso já não fosse o suficiente, estranhas tatuagens misteriosas começam ser moda entre os alunos da escola… Além de estranhos assassinatos causados por Strigoi que não se parecem em nada com ataques de Strigoi… E pessoas que podem saber mais sobre vampiros e alquimistas do que Sydney imagina.

Bom, espero que tenha dado pra ter uma noção da trama de Bloodlines! Preciso começar dizendo o quanto a Richelle é genial. Lendo Last Sacrifice, eu já havia percebido algumas pontas soltas, principalmente em relação a Sydney e ao Adrian (simplesmente não podia aceitar que VA ia acabar daquele jeito pra ele), e me surpreendi ainda mais quando percebi que, na verdade, tem ponta solta – ok, não exatamente ponta solta, mas detalhes – que começa em Promessa de Sangue.

A narração é feita em primeira pessoa, pela Sydney. No início você estranha um pouco, já que a Sydney é bem mais séria que a Rose, mas depois você acaba entendo porque ela é como é, e eu simplesmente adorei. Eu já tinha falado em LS que ela tinha subido no meu conceito e, de novo, ela subiu ainda mais.

Isso sem falar nos novos personagens, que vão te ganhando aos pouquinhos: Trey, Micah, até o Keith… Como sempre, a Richelle destruindo no desenvolvimento de personagens que nem aparecem muito. É como se depois do livro, você realmente os conhecesse. É bruxaria, gente.

Quero ser adotada por essa mulher.

Quanto aos mistérios, eu confesso que não são tão difíceis de deduzir. As pistas são sutis, mas eu desvendei boa parte de quem estava envolvido na coisa toda lá pela metade do livro. Mas nem por isso a leitura é óbvia, de jeito nenhum. Mesmo depois de revelados os mistérios, você ainda lembra de pistas que foram dadas e pensa: “Como eu não reparei nisso antes!”

Mas, claro, a estrela maior e mais linda de todas em Bloodlines é o Adrian. Gente, se você já gostava dele em VA, se prepare para Bloodlines, porque ele está simplesmente IMPAGÁVEL. Não me lembro de ter rido tanto com um personagem como eu ri com ele nesse livro, e a Richelle foi MUITO feliz nesse ponto, porque o Adrian é o balanço da seriedade da Sidney – assim como o Dimitri era o balanço da loucura toda que era a Rose. Posso falar, com certeza agora, que se eu tivesse que escolher um vampiro de Vampire Academy, com toda certeza absoluta do mundo inteiro, seria o Adrian:


“Of course they didn’t give us much, Sage. But I had to make sure I nailed my first assignment. Takes a lot of tries before perfection,” He paused to reconsider that. “Well, except for my parents. They got it on the first try.”
Pág 333
 
"He looked impressed. “Damn straight. Pine-scented cleaner. As in, I CLEANED.” He gestured to the kitchen dramatically. “With these hands, these hands that don’t do manual labor.”
Pág. 410


Ahhhh, Ivashkov e essas mãos que não fazem trabalhos manuais aqui em casa…

Enfim.

E eu poderia continuar eternamente, mas vamos parar por aqui. Mas a questão é: Adrian amadurece muito em Bloodlines e você passa a entender um pouco mais sobre ele e como ele se sente. Por mais maluco que possa parecer, Sydney também o entende – mesmo que queira distância de vampiros e sua magia quase o tempo todo. E, claro, fica meio óbvio que as coisas começam a caminhar para um romance entre Sydney e Adrian. Sim, também achei muito estranho no início, mas… depois de terminar Bloodlines, acho que eu entendo e que, no fundo, seria sim uma gracinha. Como eu disse, eles se balanceiam.

Em suma, Bloodlines é livro que mostra que a amizade é mais forte que as diferenças , e ver como Sydney enxergava e passa a enxergar os vampiros depois é algo muito bonito. É claro que como é o primeiro livro, ele só arranha a superfície de tudo que está por vir e, lembrando como VA começou e onde foi parar, tenho certeza de que Bloodlines vai ser uma série tão épica quanto.

Mas, como eu disse no início, algumas pessoas podem não gostar muito por se tratar de um livro onde o foco masculino é o Adrian, e eu acho isso um pecado total. Porque o Adrian é um EXCELENTE personagem, e se você falar mal dele na minha frente, vai apanhar. Só tenho a impressão de que a Richelle gosta de torturar o menino, pecado ;_; E, quando vocês terminarem Bloodlines, vocês vão entender o porquê.

Mas, se você gosta do Dimka, não se preocupe… Tenho CERTEZA que a Richelle tem uma carta na manga para a sequência, The Golden Lily – que, por sinal, só sai em Junho. Olha como eu estou feliz.

E… não sei mais o dizer. Só que eu AMEI o livro, amei o Adrian mais ainda e que, pra terminar, vocês podem ficar com uma frase do meu neném – que também tem seus momentos de sabedoria:

He eyed me. “Is it really so terrible to be around us?”
I blushed. “No,” I said. “But… it’s complicated. I’ve been taught certain things my entire life. Those are hard to shake.”
“The greatest changes in history have come because people were able to shake off what others told them to do.”
Pág. 255

Se você é fã de Vampire Academy – e, principalmente se for fã do Adrian – LEIA. É uma ordem.


O lançameno do segundo livro ," The Golden Lily" ,está previsto para março deste ano nos EUA.

http://serialreader.net/wp-content/uploads/2011/07/golden-lily-richelle-mead.jpg
Capa de The Golden Lily (Bloodlines #2), de Richelle Mead

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