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25 de janeiro de 2012

Sem regras o mundo se tornaria uma anarquia?


Será que é possível simular como a sociedade viveria livre de regras, mas sem precisar testar isso na
prática? Pesquisadores americanos, que publicaram seus resultados na revista especializada PLos One, tentaram fazer isso. Através de um “jogo” no qual os participantes poderiam assumir o personagem que quisessem, os pesquisadores analisaram como seria uma sociedade nessas condições. E o resultado, ao contrário do que se poderia imaginar, não foi uma completa anarquia.
Todas as interações sociais entre os participantes – tais como relacionamentos, amizades, comunicação e relações de troca -, que compunham o ponto chave da pesquisa, foram “codificadas”. Com isso, os pesquisadores fizeram um mapeamento de como as boas e as más ações são refletidas em um grupo.
Dessa maneira, os cientistas puderam medir, em menor ou maior escala, como cada comportamento humano apresenta suas consequências. Os níveis de violência e agressão dentro do grupamento, conforme eles apuraram, também podem ser definidos previamente a partir destas interações sociais. E o resultado foi que as pessoas tendem naturalmente a se organizar no coletivo, com cada pessoa assumindo sua função, mesmo que não estivessem predispostos a agir assim.
Transportando estas noções para a realidade, os pesquisadores deram o exemplo da Primavera Árabe, a onda de revoluções que derrubou antigas ditaduras em vários países. Era um ambiente onde havia regras e não havia concordância por parte de quem deveria, em tese, obedecê-las. Essa radicalização (ou seja, a revolução explodindo de forma violenta), conforme eles explicam, é sempre uma tendência quando há discordância entre os criadores das regras e os que são forçados a acatá-las.

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